Grupo Espírita Paulo e Estevão: O estímulo que virou trabalho

No Grupo Espírita Paulo e Estevão e Albergue Alvorecer do Labor, em Naviraí, a teoria e a prática caminham juntas. No primeiro, o conhecimento e no segundo, o exercício daquilo que estudou. Trocando em miúdos: oportunidade de crescimento para todos! Através do estudo e do voluntariado as pessoas são estimuladas a fazer a reforma íntima, ao trabalho de renovação espiritual e a libertação de consciência.

O Livro Paulo e Estevão psicografado pelo médium Francisco Candido Xavier, através de Emmanuel, foi responsável por despertar Nilton Cesar Tavares Flores, diretor do albergue, para a prática contínua da caridade. O amor em ação acontece desde 1988, oferecendo suporte social e espiritual aos andarilhos.

Nilton Flores conta que tudo começou com seu pai Ramão Atanagildo Flores, em 1976, fundando a Casa Kardecista São Cristovão, no mesmo endereço em que moravam, na Rua Maracaju. Com a morte do pai, o estatuto foi modificado com data nova de formação e foi criado o Grupo Espírita Paulo e Estevão, em junho de 1988. “Continuamos o trabalho do meu pai”, contou Nilton.

A ideia da criação do Albergue nasceu no momento em que Nilton Cesar recebeu de seu pai o livro Paulo e Estevão para ler. E leu! “Naquele momento senti algo de diferente em mim. Seria a oportunidade de colocar em prática tudo o que era estudado na Doutrina Espírita. No princípio, o albergue tinha como parceria outra casa espírita, a Sociedade Espírita Allan Kardec daqui de Naviraí. Montamos equipe e estimulamos a fazer um trabalho social que mostrasse na prática o ensinamento que recebíamos da Doutrina Espírita”, relatou Nilton.

O trabalho começou em uma casa emprestada e, com o auxílio da sociedade doando camas e colchões, os andarilhos começaram chegar. Em 1988, a prefeitura da cidade doou o terreno para a construção da sede. A sociedade passou a doar muitas roupas usadas e surgiu a ideia de realizar bazares. “Foi assim que começamos a construção do albergue e do centro e o número de pessoas atendidas aumentou, graças também aos recursos financeiros recebidos do município e do Estado. São grandes as oportunidades que o Senhor nos oferece todos os dias”, disse Juliana Flores, presidente do Grupo Espírita.

As pessoas que ocupam o albergue são os andarilhos que passam pela cidade sem recurso nenhum. Após a triagem, a pessoa é avaliada e se tiver problema de saúde é enviada para o Hospital Santa Casa e se estiver com vícios é enviada para oCRAS (Centro de Referência de Assistência Social). Eles ficam por um período de recuperação e atendimento e em seguida devem seguir viagem. Isso só não aconteceu com dois deles. O Mário foi acolhido há mais de 25 anos, pois estava internado e a família não o procurou mais e Lázaro que é o caseiro há 12 anos.

“Após a morte de Jesus, o apóstolo Pedro fundou o albergue A Casa do Caminho e nós desejávamos oferecer algo mais além das palestras e estudos junto à sociedade e então o nosso albergue se tornou uma oportunidade de trabalho junto aos irmãos necessitados e também ajudamos a estimular outras pessoas que frequentam a casa espírita ao trabalho. Dessa forma muitos frequentadores estão se tornando voluntários”, concluiu Nilton.

Grupo Espírita Paulo e Estevão

Na 3ª feira tem palestra e passes; na 4ª feira, passes e tratamento espiritual em reunião fechada e; no sábado, curso de Noções Básicas da Doutrina Espírita com seis aulas simultaneamente. Cerca de 80 pessoas participam dos estudos e dos trabalhos.

As aulas são semestrais e formam por semestre de 20 a 30 trabalhadores.

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